Filipinas defendem território e não buscam problemas no Mar do Sul da China, diz presidente

As Filipinas defenderão com firmeza seu território e os direitos de seus pescadores e não estão à procura de problemas, disse o presidente do país, Ferdinand Marcos Jr., nesta sexta-feira, enquanto a disputa com a China sobre o acesso a um banco de areia estratégico no Mar do Sul da China se intensifica.
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A guarda costeira filipina disse nesta semana que cortou uma barreira flutuante de 300 metros instalada pela China que bloqueava o acesso ao disputadíssimo Scarborough Shoal, uma área que Pequim controla há mais de uma década.
Marcos Jr., em seus primeiros comentários sobre o último episódio envolvendo a região, disse que as Filipinas estavam defendendo seus direitos de pescar em sua zona econômica exclusiva.
“O que faremos é continuar a defender as Filipinas, o território marítimo das Filipinas, os direitos de nossos pescadores de pescar em áreas onde eles já o fazem há centenas de anos”, disse Marcos Jr. aos repórteres.
A guarda costeira chinesa contestou a versão filipina dos eventos, enquanto os Estados Unidos apoiaram Manila, com uma autoridade graduada de defesa dos EUA chamando a ação de “passo ousado” e destacando as obrigações norte-americanas previstas em um tratado de defender sua ex-colônia.
Marcos Jr. acrescentou que “muitas dessas questões são operacionais e eu realmente não posso falar sobre elas”.
“Mas, em termos de derrubar a barreira, não vejo o que mais poderíamos fazer.”
Os laços entre as Filipinas e a China têm se deteriorado recentemente, em grande parte devido à decisão de Marcos Jr. de aprofundar as relações com os EUA na área de defesa.
“O presidente é realmente sincero em seu compromisso de que não entregaremos um centímetro de nosso território a nenhuma potência estrangeira”, disse o porta-voz da guarda costeira filipina, Jay Tarriela, em uma coletiva de imprensa.
Desde o corte da barreira flutuante, as Filipinas observaram uma menor presença chinesa no banco de areia, disse Tarriela.
Três navios da guarda costeira chinesa e um navio da milícia marítima foram vistos em um voo de inspeção na quinta-feira, contra sete navios chineses na semana passada, disse Tarriela.
