EUA oferecem recompensa de US$5 mi por informações sobre assassinato de candidato presidencial equatoriano
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Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira uma recompensa de até 5 milhões de dólares por informações que levem à prisão dos responsáveis pelo assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, ocorrido em 9 de agosto deste ano em Quito, menos de duas semanas antes da realização das eleições no país. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em comunicado oficial.
Villavicencio, conhecido por sua atuação como jornalista investigativo e ex-parlamentar com forte postura contra a corrupção, foi alvejado a tiros após sair de um comício político. O crime chocou o Equador e provocou reações internacionais, levantando preocupações sobre a segurança eleitoral e o avanço do crime organizado no país.
De acordo com as autoridades equatorianas, seis suspeitos foram detidos pela polícia logo após o atentado. Todos são cidadãos colombianos e, segundo as investigações, estariam ligados a grupos criminosos transnacionais que atuam na região. As apurações seguem em andamento para identificar os mandantes e líderes da organização responsável pelo assassinato.
Além da recompensa principal, Blinken também anunciou um prêmio adicional de 1 milhão de dólares por informações que possam levar à identificação ou localização de indivíduos que exerçam posições de liderança chave dentro da organização criminosa envolvida no ataque. A medida integra os esforços do governo dos EUA para fortalecer a cooperação internacional no combate à criminalidade e à violência política na América Latina.
“Os Estados Unidos continuarão a apoiar o povo do Equador e a trabalhar para levar à Justiça indivíduos que buscam minar os processos democráticos por meio de crimes violentos”, afirmou Blinken, reforçando o compromisso dos EUA com a defesa da democracia e da estabilidade regional.
A decisão de oferecer recompensas financeiras faz parte de uma estratégia mais ampla do Departamento de Estado, que frequentemente recorre a esse tipo de incentivo em casos que envolvem terrorismo, crime organizado e ameaças à segurança internacional. No contexto equatoriano, a ação também representa um gesto de solidariedade política e apoio à luta contra o narcotráfico e a corrupção.
O assassinato de Villavicencio, que tinha se destacado por denunciar ligações entre políticos e organizações criminosas, expôs a crescente infiltração do crime organizado no processo democrático de países da região, acentuando a urgência de medidas coordenadas para proteger candidatos, instituições e o próprio direito ao voto.
(Reportagem de Eric Beech)
