Alta temperatura em setembro eleva demanda de energia em 4,2%, indica CCEE

Neste mês, as elevadas temperaturas em várias regiões brasileiras levaram a um aumento expressivo na necessidade de eletricidade.

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Alta temperatura em setembro eleva demanda de energia em 4,2%, indica CCEE. (Foto: reprodução/internet)

Informações iniciais fornecidas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam um aumento de 4,2% na demanda elétrica nos primeiros quinze dias, totalizando um consumo de 41.442 megawatts médios (Mwmed) em relação ao mesmo período do ano passado.

Esse aumento de consumo, conforme análise da CCEE, está intrinsicamente ligado à onda de calor que assola o Brasil, aumentando a dependência de dispositivos de climatização, como ares-condicionados e ventiladores.

Desempenho por Região e Modelo de Mercado

Dentro do cenário nacional, alguns estados destacaram-se mais que outros. O Acre liderou em termos de aumento no mercado regulado, com um incremento notável de 19,7%.

Logo atrás, temos o Rio de Janeiro com 16,8% e o Amazonas com 14,6%. Contudo, quando voltamos nossos olhares para o mercado livre – onde os consumidores têm a liberdade de escolher seus provedores – o crescimento foi mais sutil, apenas 0,9%.

Analisando de forma ampla, o Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou um consumo de 62.910 MW médios, um acréscimo de 2,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Consumo de Energia e Setores da Economia

No panorama econômico, ao explorarmos as distintas áreas de atuação, percebemos desigualdades no impacto ao consumo de energia.

O segmento comercial, notavelmente, destacou-se ao mostrar um acréscimo de 10,8% no consumo elétrico, possivelmente refletindo novas tendências de mercado ou investimentos em infraestrutura.

A área de transportes não ficou atrás, evidenciando uma alta de 8,2%, talvez devido à maior mobilidade ou adoção de veículos elétricos.

Da mesma forma, o setor de serviços e a mineração de metais não se deixaram superar, registrando ascensões de 6,9% e 6,6% em suas demandas energéticas.

Por outro lado, é crucial observar que nem todos os setores apresentaram um desempenho tão otimista.

A indústria automobilística, em particular, juntamente com os setores de saneamento básico e têxtil, enfrentaram retrações em seus consumos, marcando declínios de 8,0%, 6,3% e 4,6%, respectivamente.

Estas quedas podem indicar desafios econômicos ou mudanças nas práticas de produção e consumo dentro dessas indústrias.

A Geração de Energia e suas Diversas Fontes

O panorama energético também foi afetado por esta onda de calor. A energia solar, por exemplo, teve seu momento sob o sol.

As fazendas solares, em particular, geraram uma média de 2.657 MW, um aumento expressivo de 42,5% em relação ao ano anterior.

Vale ressaltar que essa ascensão não foi apenas fruto do clima: a capacidade total instalada dessas fazendas cresceu 40%.

Quando olhamos para a geração de energia no Brasil como um todo, notamos um incremento de 1,1% em relação ao ano anterior.

A energia proveniente de fontes hídricas, por exemplo, viu um aumento de 2,4%. Contudo, fontes como energia eólica e térmica sofreram declínios, com reduções de 3,3% e 6,3%, respectivamente.

Espera...