Preço do petróleo se eleva pela quinta vez consecutiva e bate recorde do ano

O petróleo está em alta, registrando sua quinta sessão consecutiva de ganhos. Esse aumento constante coloca a commodity energética em máximas não vistas desde novembro de 2022.

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Preço do petróleo se eleva pela quinta vez consecutiva e bate recorde do ano. (Foto: reprodução/internet)

Os investidores acompanham de perto essa escalada, impulsionada pela expectativa de que os cortes na produção de petróleo, liderados por Arábia Saudita e Rússia, mantenham o mercado de petróleo em uma situação de aperto no curto prazo.

O Rally Implacável do Petróleo

O preço do petróleo continua a subir, e os números falam por si. Em cerca de três semanas, os preços aumentaram impressionantes 15%.

Essa tendência ascendente é notável e tem levado o petróleo a se aproximar da marca dos três dígitos.

Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda, não vê sinais de exaustão nesse rali e acredita que mais ganhos podem estar a caminho.

Eficácia dos Cortes de Produção

Um dos principais fatores que impulsionam o aumento dos preços do petróleo é a coordenação eficaz entre os principais players do mercado, como a Arábia Saudita e a Rússia.

Eles lideram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e têm implementado cortes na produção de petróleo de forma consistente.

Esses cortes têm o objetivo de restringir a oferta e, consequentemente, elevar os preços do petróleo, o que tem sido alcançado com sucesso.

O Questionamento sobre os Cortes de Produção

No entanto, surge uma questão importante: até que ponto esses cortes na produção podem ir? O mercado reagiu de maneira excepcionalmente forte a essas reduções de oferta, levantando dúvidas sobre se elas foram longe demais.

Essa incerteza paira sobre o mercado, à medida que os preços continuam a subir.

Inflação Global e as Respostas dos Bancos Centrais

A alta do petróleo também desperta preocupações em relação à inflação global.

Alguns temem que preços mais elevados do petróleo possam reacender a inflação global e levar os bancos centrais a adotar políticas mais rígidas no curto prazo, incluindo a possibilidade de interromper os cortes de juros programados para o próximo ano.

Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics, sugere que essa preocupação não deve persistir por muito tempo.

Ele argumenta que, em vez de se concentrar exclusivamente nos preços do petróleo, os investidores deveriam prestar mais atenção ao comportamento da inflação subjacente.

Shearing prevê uma queda gradual da inflação subjacente ao longo do próximo ano, à medida que os efeitos da pandemia diminuam e as políticas monetárias mais restritivas surtam efeito.

Desafios à Inflação: Efeitos de Segunda Ordem

No entanto, é importante observar que preços do petróleo mais elevados por um período prolongado podem afetar a inflação subjacente por meio do que é conhecido como “efeitos de segunda ordem”.

Isso ocorre quando empresas repassam para os consumidores os custos mais elevados da energia, o que pode aumentar a inflação. No entanto, esses efeitos tendem a ser mais significativos em um ambiente econômico forte.

Dado que muitas das principais economias avançadas estão enfrentando perspectivas de recessão moderada nos próximos seis meses, é provável que forças desinflacionárias tenham um impacto mais dominante.

Espera...