Ministro da Fazenda Aborda Impasse nos Juros do Rotativo

A questão das taxas de juros cobradas no rotativo de cartões de crédito foi recentemente abordada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante a conversa, ele ressaltou a necessidade de equilibrar a proteção do consumidor e as demandas do setor varejista.

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Ministro da Fazenda Aborda Impasse nos Juros do Rotativo. (Foto: reprodução/internet)

As Palavras do Presidente do Banco Central

Confrontado com as observações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a eliminação do rotativo, Haddad observou:

“O rotativo não dá. É 15% ao mês, composto”. Ele enfatizou a urgência de proporcionar suporte aos que estão presos a essa modalidade de dívida, especialmente com as assustadoras taxas que ultrapassam os 400% anualmente.

Por outro lado, destacou a relevância das vendas parceladas no varejo, que são isentas de juros.

Deliberando sobre Soluções: Um Prazo Definido

Em um subsequente diálogo com a imprensa, Haddad reafirmou sua busca por uma solução equilibrada. “Estabelecemos um prazo de 60 dias para resolver o problema do rotativo.

O rotativo afeta muito a vida das pessoas, e o parcelado sem juros responde hoje por mais de 70% das compras feitas no comércio. Então, temos que ter muito cuidado para não afetar as compras no comércio e não gerar outro problema para resolver o primeiro”, destacou.

Parcerias e a Postura do Congresso

O ministro falou sobre a colaboração em andamento entre várias entidades, incluindo a Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda e a Federação Brasileira de Bancos. Ele mencionou: “O Congresso Nacional tem mostrado sensibilidade ao tema.”

O Rotativo e seu Impacto nos Consumidores

“O rotativo é um problema, nós temos que resolver esse problema, porque não é justo com as pessoas que tiveram uma ocorrência qualquer (…) cair num juro de 15% ao mês composto, que gera o juro de 400% ao ano”, salientou Haddad, reforçando a necessidade de intervenção.

Caminhos a Seguir: Entre Consumidores e Varejo

Finalmente, sobre a possibilidade de limitações nas compras a prazo, Haddad indicou que os bancos ainda precisam propor uma solução definitiva. Ele concluiu:

“Esses dados têm que ser apresentados para que a gente possa estabelecer um consenso de não prejudicar o comércio e nem aquela família que está usando o parcelado sem juros para equacionar seu orçamento mensal, porque nem todo mundo tem disponibilidade para fazer compras à vista.”

Espera...