Expectativas são geradas entre os brasileiros de baixa renda com o reajuste do salário mínimo em 2024
A expectativa dos trabalhadores brasileiros, principalmente os de baixa renda, em relação ao reajuste do salário mínimo em 2024 é um tema de relevância. Esse reajuste ocorre anualmente, conforme estabelecido por lei, devido à importância do piso nacional para milhões de brasileiros.
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No presente ano, houve duas vezes o reajuste do salário mínimo. O primeiro ocorreu em 1º de janeiro de 2023, validando o valor proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Os trabalhadores iniciaram o ano recebendo um salário mínimo de R$ 1.302.
Entretanto, com a mudança de governo e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato presidencial, foi realizada uma alteração. Com o objetivo de cumprir uma das principais promessas de campanha, o presidente promoveu um segundo reajuste do salário mínimo.
A partir de 1º de maio, os trabalhadores brasileiros passaram a receber um valor mínimo de R$ 1.320. Esse aumento foi simbólico, totalizando apenas R$ 18. As perspectivas para 2024 não indicam uma mudança significativa, o que tem gerado desapontamento em milhares de brasileiros que dependem do piso nacional.
Mesmo com o reajuste do salário mínimo, espera-se um aumento ínfimo. De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional, a elevação do piso nacional deve ser de apenas 5,2%. Portanto, estima-se que o valor seja de R$ 1.389.
É relevante ressaltar que, desde os anos 2000, houve apenas três ocasiões em que o salário mínimo foi reajustado mais de uma vez no mesmo ano. Foram elas:
- 2011: reajustes de 5,88% em janeiro e 0,92% em março;
- 2020: reajustes de 4,1% em janeiro e 0,58% em fevereiro;
- 2023: reajustes de 7,43% em janeiro e 1,38% em maio.
Mecanismo utilizado para calcular o reajuste do salário mínimo
A fim de preservar o poder de compra e garantir a estabilidade financeira dos trabalhadores brasileiros, a base salarial é periodicamente revisada. No entanto, nos últimos anos, houve algumas mudanças no cálculo desse reajuste. Até 2019, eram considerados dois fatores:
- O Produto Interno Bruto (PIB);
- A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Ambos os índices eram referentes ao ano anterior ao do reajuste, ou seja, no caso atual, 2022. No entanto, desde 2020, a inflação passou a ser considerada nas estatísticas de crescimento econômico. No entanto, parece que a fórmula também está sujeita a alterações, pois o presidente Lula demonstrou insatisfação com o modelo atual.