Após dois meses em queda, confiança do consumidor melhora em março, aponta FGV/Ibre

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu em março após dois meses de queda. Segundo o FGV/Ibre, o indicador avançou 2,5 pontos no mês, para 87,0 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice ainda se mantém em queda pelo quarto mês consecutivo ao recuar 0,3 ponto, para 85,8 pontos.

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Confiança Do Consumidor (Foto: Reprodução/Internet)

Em março, a alta da confiança foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre o momento atual quanto pelas perspectivas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, para 72,0 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (74,5 pontos). O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,2 pontos, para 98,0 pontos.

Para Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens do FGV/Ibre, apesar do resultado positivo, os movimentos são bastante heterogêneos e talvez contraditórios entre faixas de renda, o que ainda dificulta a sinalização de uma tendência mais clara para os próximos meses.

De acordo com o alerta da coordenadora das sondagens do FGV/Ibre, Viviane Seda Bittencourt, o cenário econômico atual apresenta taxas de juros elevadas, resiliência da incerteza e desaceleração do mercado de trabalho com redução da atividade, o que pode resultar em uma manutenção do mesmo patamar de confiança nos próximos meses.

Apesar disso, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou alta em março, influenciado principalmente pela melhora das avaliações sobre o momento atual e pelas perspectivas para os próximos meses. O indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a alta no mês, apesar de um aumento na preocupação com as finanças familiares a curto prazo.

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Índice de Confiança do Consumidor (Foto: Reprodução/Internet)

O índice que avalia o apetite de consumo teve um aumento de 7,9 pontos, chegando a 84,8 pontos, o maior desde novembro de 2022 (85,5 pontos), enquanto o índice que mede a expectativa em relação à situação financeira futura teve uma queda de 2,4 pontos, chegando a 96,6 pontos, o menor resultado desde novembro de 2022 (92,5 pontos).

Já o indicador que avalia a situação econômica permaneceu praticamente estável, com uma variação de 0,6 ponto, alcançando 112,8 pontos.

A pesquisa da FGV/Ibre mostrou que, na análise sobre o momento, a percepção dos consumidores em relação à situação financeira das famílias teve uma melhora de 5,3 pontos, atingindo 64,1 pontos, revertendo a queda registrada no mês anterior. No entanto, a avaliação da situação econômica atual permaneceu estável, com variação de apenas 0,1 ponto, alcançando 80,4 pontos.

A análise por faixa de renda apresentou resultados heterogêneos, com a melhora da confiança dos consumidores de menor renda (abaixo de R$ 2.100,00) e de renda média (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00), cujo indicador subiu 4,0 e 3,1 pontos, respectivamente.

Por outro lado, as famílias com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mantiveram relativa estabilidade na confiança, enquanto para os consumidores com renda acima de R$ 9.600, o ICC caiu 0,8 ponto, influenciado pela piora das expectativas. Todas as faixas de renda permanecem abaixo do nível de 90 pontos, apesar da alta registrada no índice geral.

A pesquisa também indicou que o indicador que mede o ímpeto de consumo teve uma forte alta de 7,9 pontos, alcançando 84,8 pontos, o maior resultado desde novembro de 2022 (85,5 pontos), enquanto o indicador que mede as perspectivas sobre a situação financeira futura registrou queda de 2,4 pontos, chegando a 96,6 pontos, o menor resultado desde novembro de 2022 (92,5 pontos).

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