44% dos Brasileiros Apostam no INSS como Principal Meio de Aposentadoria
Apesar dos debates intensos gerados pela reforma da previdência no governo de Michel Temer, ainda é surpreendente descobrir que para 44% dos brasileiros, o INSS permanece sendo a principal fonte prevista de renda para a aposentadoria.
Anúncios
Estes dados foram revelados em um estudo recente apresentado por Eduardo Forestieri, renomado planejador financeiro, no evento Anbima Summit.
As alternativas e desafios na visão do público
O levantamento detalha ainda que 19% dos entrevistados veem seu futuro continuando no mercado de trabalho mesmo na velhice.
Enquanto isso, 9% apostam em aplicações financeiras como sustento. Outras fontes menos citadas incluem aposentadoria privada (4%), renda de aluguéis (3%), ajuda de familiares (1%) e economias pessoais (1%).
Notoriamente, 16% confessam não ter uma visão clara sobre como garantirão seus sustentos na terceira idade. E, quando segmentamos por classe social, esse número preocupa mais: 24% das classes D e E, 15% da classe C e 9% das classes A e B.
O papel do INSS na visão das diferentes classes sociais
O INSS, apesar de suas limitações, é mais influente nas classes D e E, onde 50% dos indivíduos planejam contar com esse benefício. Na classe C, esse número é de 44%, enquanto nas classes A e B, é de 35%.
A necessidade de planejamento financeiro
Forestieri salientou a essencialidade do planejamento para a fase da aposentadoria, seja por meio da previdência privada, da poupança tradicional ou até mesmo de guardar dinheiro “debaixo do colchão”.
Atualmente, a previdência pública beneficia 30 milhões de brasileiros, com 64% desses recebendo o equivalente a um salário mínimo.
Ele alertou, no entanto, sobre as mudanças iminentes no INSS e os impactos da demografia brasileira. Essa combinação pode alterar o “planejamento” de quem pretende depender exclusivamente da previdência pública.
Previdência privada: Uma solução viável
Segundo o especialista, aderir a uma previdência privada pode ser uma excelente saída. Nela, o indivíduo tem o controle de quanto quer contribuir e como deseja fazer o resgate no futuro.
Forestieri diferenciou entre previdência fechada – fundos de pensão específicos para grupos ou empresas, e a previdência aberta, disponível para todos. Atualmente, 2,3 milhões de pessoas investem na primeira, e quase 11 milhões na segunda, somando R$ 1,3 trilhão em ativos.